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Criei este blog para partilhar as preocupações que tenho com o meu filho (a partir dos 6 anos), para receber conselhos, para desabafar, e para ver se sou mesmo a única a ser paranóica, ou se não estou assim tão sozinha! Sou mãe galinha e mãe leoa!
Tive a sorte de estar em casa à hora que o rapaz teve as aulas. Gostei tanto! Está tudo tão bem planeado. O estúdio tão bem decorado. Os professores tão empenhados, simpáticos.
Incrível como esta situação de pandemia, triste e aborrecida, abriu novas janelas, fez com que se arranjassem alternativas tão brilhantes, no meu ponto de vista.
Como eu já estava a par da matéria, porque, tirando matemática, sempre acompanhei o meu filho nos estudos, fiquei atenta. Dei por mim emocionada mesmo, parecia que também eu, estava a ter aulas.
Em português recordei os Lusíadas, matéria que na minha época muito prazer me deu estudar.
Depois em inglês, onde a professora estava tão descontraída, também consegui perceber alguma coisa, e o meu rapaz ia respondo ás tarefas, entusiasmado. Finalmente história, o professor também esteve muito bem e o rapaz já tinha dado a matéria, fez uma revisão!
Usam métodos muito bons, imagens, vídeos, powerpoints, interagem com quem está deste lado e põem-nos a pensar, a usar a mente.
Eu tinha na memória muito vagamente a telescola numa televisão a preto e branco. o que temos agora está muito melhor! É o progresso!
Agora é esperar pelas próximas aulas com ansiedade e entusiasmo!
Tenho ouvido queixas de muitos pais sobre o facto de os professores estarem a mandar imensos trabalhos. Permitam-me que discorde: os trabalhos não são assim tantos, com organização tudo se consegue.
O que eu acho é que alguns pais não estavam habituados a acompanhar os estudos dos filhos, pois colocavam-nos em centros de estudos, ou deixavam-nos com os avós e não tinham de supervisionar quase nada.
Os estudantes têm de continuar a exercitar as matérias para não caírem em esquecimento, e fazer estes trabalhos é uma boa forma de os manter activos, de continuarem em contacto com os colegas e os professores.
Só a telescola não chega, também faz falta estes contactos por emails, plataformas, chats, conversas. A única ressalva que tenho nesta matéria é que não se ligue a câmara e se mantenham as conversas só por áudio ou escrita.
O meu filho no princípio também se queixou, mas cá em casa ajudamos a fazer um plano, e agora já está a correr melhor!
Sou muito saudosista, é um facto. Mas também, desta vez, o caso não é para menos.
Dei-me agora conta, que como o rapaz está a terminar o 3º ciclo, vai mudar de escola, não vai ter a despedida (dos funcionários, professores, colegas, edifício físico), não vai ter baile nem jantar de finalistas, (aqui eles treinam a dança) formam um par, vão vestidos de cerimónia. Já imaginava o meu menino de fato, de laço ou gravata, sapatinho a condizer. Também não haverá viagem de finalistas. Eles andarem a fazer bolinhos, quermesse, rifas, para nada!
Claro que perante a situação em que o mundo está, isto não interessa nada, mas lembrei-me, fez-me sentir pena, lamentar... Se ele estivesse no 7º ou 8º não teria a importância que tem.
Mesmo com aulas virtuais ou pela telescola, suspeito que tanto a interação com os professores, como com os colegas não será mesma.
Enfim, nada voltará a ser como era!
Mas o importante sairmos todos disto sãos e salvos! No entanto, tinha de deixar este desabafo!