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Criei este blog para partilhar as preocupações que tenho com o meu filho (a partir dos 6 anos), para receber conselhos, para desabafar, e para ver se sou mesmo a única a ser paranóica, ou se não estou assim tão sozinha! Sou mãe galinha e mãe leoa!
A propósito de eu o estar sempre a incentivar a estudar a aproveitar esta oportunidade que tem para o fazer, porque também a gostaria de ter tido. Ele diz-me algo, que me encheu o coração e que jamais esquecerei. Ele disse-me para eu esperar ele se formar e se empregar. Assim que estiver nessa situação paga-me a faculdade e eu vou, já que percebe o quanto eu gostaria de ir!
Daqui até eu lá, posso nem sentir essa energia para o fazer, mas sei que ele me disse isto de coração e com intenção de cumprir este meu sonho, pois ele já tinha dito ao pai que gostaria de pagar a faculdade à mãe!
Este miúdo enche-me de orgulho. É bom ver como é tão justo, correto. Que mantenha sempre a sua essência, que não se desvie do bom caminho. Que tenha sempre esta generosidade e bondade de coração!
Como eu lhe dizia em pequenino "gosto de ti, daqui até á lua, ir e vir, mil vezes"!
Foi ainda quando era muito pequeno, e estava a aprender a escrever, que ele fez este texto. Lindo, emocionante, e tenho a certeza que sentido!
Por vezes calha-me quando vou buscar o meu filho à escola trazer também duas colegas e um colega dele. Carro cheio. Boas conversas!
Adoro! São todos miúdos e miúdas tão bem formados e educados. Sabem falar. Até o meu filho, que por vezes acho que não socializa bem, vejo-o ter conversas inteligentes!
Não pude ser professora como tanto gostaria, mas Deus proporciona-me estes momentos tão bons, de lidar com alunos ao longo da vida!
Aprendo tanto com eles! São eles que me dão escola! Só posso estar grata!
Ele não sabe da existência deste blogue que lhe é dedicado!
Não sou de usar as redes sociais para mandar recados, vivemos na mesma casa, posso e prefiro dizer-lhe o que sinto pessoalmente. Ele sabe o quanto gosto dele.
Por vezes tenho saudades do tempo que ele era mais pequenino e que era tão meguinho. Agora continua a ser, mas já está mais no canto dele, já não demonstra tanto o que sente. Mas faz parte!
O tempo da escola do primeiro ciclo, deixou-me saudades. Ia levá-lo a pé, porque era perto, de mão dada era eu que levava a mochila dele. Despedia-se com um beijinho ou abraço. Sabia que estava bem entregue e protegido. Era tão bom!
O tempo vai passando, e a melhor coisas da vida é poder acompanhar o seu crescimento, quer a nível físico, quer intelectual. Ver que se está a tornar um menino tão correto, educado. É tão bom estar presente, acompanhar.
Como já aqui disse, eu sou muito preocupada com ele, fico ansiosa sem noticias, mas tento não demonstrar para que isso não o influencie negativamente. Mas ele agora já tem noção que mandar uma mensagem é uma coisa simples e fácil e que a mãe precisa disso. Porque não é só mandar mensagens do tipo "podes me vir buscar?", mas também "olha estou com y" ou "estou bem"!
Peço a Deus vida e saúde para ele e para os pais, para que possamos sempre estar ao lado dele, para o encaminhar, para o ajudar, apoiar, e também sempre que for preciso aconselhar ou até mostrar que aquele, não é o melhor caminho.
Desejo para ele um bom futuro, uma profissão que o faça feliz, que lhe de alguma estabilidade. Uma vida familiar igualmente equilibrada e feliz!
Que ele seja muito feliz, equilibrado, seguro!
O meu amor por ele, já lhe disse que vai daqui até á lua, ir e vir mil vezes!
Eu lutei tanto para que me deixassem estudar. Naquela época não era obrigatório, ou se era, a maioria das pessoas não cumpria. Mas eu queria estudar. Eu queria ser professora de escola primária. Eu não podia apanhar crianças em casa que arranjava logo papel e lápis e fazia de professora.
Eu ensinei as minhas primas mais novas, filhas de amigas, vizinhas. Mas todo o meu percurso foi difícil. Como tinha irmãos mais velhos que não tinham estudado, ditava a tradição que também não tivesse o direito a estudar. Mesmo que na minha época, tendo alguma diferença de idade deles, as condições dos meus pais tivessem melhorado. Quando reprovei no 9º ano pensei que seria o fim. Porque a conversa era "se fazes isto, sais da escola"; " se fizeres aquilo, tiro-te da escola"; " se arranjares namorado, sais da escola"; " se chumbares, acaba-se a escola". Cumpri sempre tudo, mas reprovei com 3 negativas, e, passava se tivesse 2. Por isso, implorei que me dessem mais uma oportunidade. Eu já pensava que mesmo que não conseguisse ser professora, ia conseguir um melhor trabalho com estudos. Aquilo que hoje chama bulyng tive até ao primeiro 9º ano, mesmo assim, adorava a escola. Consegui concluir o 12ºano.
Lamento que nessa época ninguém me tenha dito que podia trabalhar e estudar ao mesmo tempo, se tivesse essa informação, teria lutado um pouco mais.
É por tudo isto que tento ao máximo que o meu filho siga nos estudos, que se esforce, mas ele tem tudo tão facilitado, que não se rala com nada, que anda no deixa andar.
Parece que sou só eu a incentivá-lo, porque sei o que passei, e só queria o melhor para ele. E ele um dia disse que gostava de ser professor. Mas ele não percebeu ainda, que tem de trabalhar para isso!
Agora que está no 9º ano temos falado sobre as disciplinas que ele gosta mais, de forma a escolher área para o 10 º ano. O que ele diz é que gostava de seguir com história e inglês porque são as disciplinas que mais gosta. Aliás, história, é desde a escola primária, aquela disciplina que sempre o apaixonou e despertou atenção. Chegou a ser super fã de Dom Afonso Henriques!
Alguém mencionou sobre uma pessoa que seguiu a área de história e que agora é guia em museus e reúne historia e inglês já que por vezes os grupos têm turistas estrangeiros e portugueses. Ele respondeu "sim, é uma hipótese"!
No entanto , há dias ele disse "eu até gostava de ser professor de história, mas depois os miúdos fazem barulho , portam-se mal e não vou saber o que fazer!"
Entretanto, passaram alguns dias e ele em casa volta a dizer "acho que gostava mesmo de ser professor de história" e vai o pai diz "ah, não tens jeito para isso", e eu digo logo " isso aprende-se, não se nasce ensinado"!
Depois a sós com o pai eu disse-lhe, para não o desmotivar, para o deixar ter sonhos, objectivos e para o deixar lutar por eles. Vai ele diz-me logo "sabes que não vamos ter dinheiro para lhe dar esse curso".
É verdade aparentemente e actualmente não temos, mas eu sonhei anos em ser professora primária, não pude concretizar. Agora o meu filho diz que gostava de ser professor! Comovi-me. Fiquei emocionada. Na minha altura, nem me ocorreu, nem ninguém me falou da possibilidade de ter um part-time a trabalhar e estudar ao mesmo tempo, porque se isso me tivesse ocorrido, eu tinha ido fazer o meu curso, suponho.
Agora parece que não temos condições para ele ir estudar, mas em 4 anos nunca se sabe. Se não fosse por questões de limitações de saúde eu arranjava outro trabalho. Mas não sabemos o futuro. Pode ser que coisas boas venham a caminho.
Ele até nem vai ter grande nota a historia neste período, não é por não saber a matéria, mas porque não consegue, explicar por escrito as coisas, as situações, porque a falar ele sabe bem a matéria. Sabe até mais, porque pesquisa vídeos sobre as guerras mundiais, sobre os países envolvidos, enfim. Mas a seu tempo ele vai aprender.
O importante é ele ter este gosto. Como mãe, fico feliz por ele! Ele vibra com história, situações do passado, apesar de ao mesmo tempo, gostar de novas tecnologias.
Andou tanto tempo sem saber o que queria ser, na primária quis ser veterinário, depois só queria ser youtuber...agora parece estar no bom caminho para uma decisão!
O que mais lhe desejo é que ele seja feliz na profissão que escolher e que ao mesmo tempo seja recompensado por isso! Porque o dinheiro também faz falta, para ter uma vida sem sobressaltos. Que seja feliz!
Para mim o dia do inicio do ano letivo é mágico, pois, por aqui, nesse dia alunos e encarregados de educação (no meu caso mãe e filho) sentam-se lado a lado na sala de aula, para receber os horários e ouvirem a diretora de turma.
Estar na escola ao lado dele é uma grande emoção, situação que só acontece mesmo nesse dia, pois nas restantes reuniões com os encarregados de educação, os alunos não estão presentes!
Por isso, o dia mágico está a chegar!
Costumo ver a serie da SIC , Golpe de sorte, que conta a história de alguém que lhe saiu o Euromilhões. Ele estava ao meu lado a ver, e no final de cada episódio, dá testemunhos reais de pessoas a dizerem o que fariam, caso lhes saísse 100 milhões de euros, e a maioria das pessoas, diz que ajudariam a família, os amigos etc. Para ver a reação dele, eu disse: "se me saísse, eu não ajudava ninguém, ficava com tudo só para mim!" Vai ele responde: "Tu mãe!? Alguma vez!? Aposto em como ias logo dar dinheiro ás associações de animais, e ajudar toda a gente!"
Meu rico menino, afinal ele não anda tão alienado da realidade como eu achava!
Nós mães estamos sempre a cuidar, a proteger, a fazer de tudo para que sejam felizes, mas há uma coisa que me tem feito pensar, se estarei a ser correta. Refiro-me aos estudos, e à escola. Sou eu sempre a dizer "vai estudar", "vai fazer os TPC's", a perguntar se falta material, a ir à mochila ver se está tudo ok.
Ontem eu fui trabalhar, mas antes, dei-me ao trabalho de lhe arranjar uns Powerpoints que tinham a matéria para ele se preparar para o teste, disse-lhe para estudar.
Quando chego do trabalho, pergunto se o estudo correu bem, se tinha estudado e a resposta foi "ah esqueci-me"! Era a véspera do teste e nem na antevéspera estudou. Não foi por ser carnaval, apenas esteve ocupado com os jogos.
Sobrou para mim, lá estive eu a batalhar nos estudos com ele, mas ele estava sempre a distrair-se. Cansei-me, disse-lhe "se achas que estás preparado paro o teste, ótimo, chega por hoje, vai arrumar os livros e preparar a mochila"!
Já pensei que o melhor é deixar que ele reprove um ano, para ver se desperta e se ganha alguma maturidade e responsabilidade. Fico triste com o desinteresse dele pela escola, queria que ele percebesse que tem de estudar para ter um futuro melhor. Tem fases que entende e até anda atinadinho, mas há outras que parece que se está nas tintas para escola!
Se eu não estiver sempre em cima, sempre a cuidar a pressionar, ele espalha-se nos testes, nos trabalhos. Queria que fosse ele a preocupar-se com as notas, com os estudos!
São as malditas tecnologias! Só que elas também fazem falta para outras coisas, não posso cortar com elas, mas também começo a detestá-las, cada vez mais!