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Criei este blog para partilhar as preocupações que tenho com o meu filho (a partir dos 6 anos), para receber conselhos, para desabafar, e para ver se sou mesmo a única a ser paranóica, ou se não estou assim tão sozinha! Sou mãe galinha e mãe leoa!
Reclamo do rapaz estar sempre agarrado ás tecnologias. Digo-lhe que tem de fazer outras coisas, sair mais de casa. Combinamos fazer alguma coisa juntos, mas depois falta-me sempre tempo. Uma mulher tem sempre mil e uma tarefas para fazer. È o emprego, é a casa para arrumar, é compras para fazer, é recados para efetuar...
Depois fica a frustração que o dia já vai a terminar e que nada de interessante se fez!
Ao vê-lo sempre agarrado ás tecnologias, nós, pais, ficamos preocupados...
Por um lado ajuda porque sei que se ele estiver nas tecnologias está sossegado, e posso deixá-lo umas horas sozinho com "elas"; mas por outro ,quando quero fazer outras coisas com ele, ele não consegue desliga-se "delas".
Posso dar-lhe um recado qualquer, dar-lhe uma tarefa enquanto ele está a mexer no telemóvel, que, mesmo ele dizendo que ouviu, logo a seguir já se esqueceu...
Por vezes está a fazer um jogo no computador e a ver no telemóvel ao mesmo tempo, um vídeo, que o ensina a passar obstáculos.
Quando o chamo para jantar, pede-me que o deixe só acabar aquela parte, se não depois perde o jogo ou é banido do jogo. Fico com vontade de desligar a Internet...
Mas tenho de ter calma, pois a net, por vezes é útil. É por isso que digo que é uma relação de amor/ódio!
É mesmo, uma mãe tem sempre preocupações, pelo menos eu, tenho. No tempo da escola, preocupo-me se ele está bem, se terá comido, porque ele é um lingrinhas, não come nada de jeito, mas se for porcarias já come...
No tempo de férias, alguns dias fica sozinho, e isso também me preocupa. Aconteceu um dia eu ligar-lhe para o telemóvel e dar mensagem de estar indisponível, mandei mensagem pelo mensageiro através da Internet e nada. Estava incontactável. Fiquei aflita. Mas, ele ficou sem bateria e meteu a carregar, para isso desligou a Internet e a operadora estava sem rede. Acontece muitas vezes, na sala não temos rede e na cozinha já temos, e o telemóvel ficou onde não havia rede.
Vida de mãe!
Estava a dar na televisão uma reportagem sobre o Cristiano Ronaldo e a sua namorada. Quando o jornalista diz que a namorada do Cristiano Ronaldo é considerada a mulher mais bela do mundo, o meu filho diz:"para mim és tu"! Fiquei tão emocionada, porque sei que mais homem algum me diria tal coisa, com a sinceridade que o meu filho me disse!
O meu filho já tem 8 anos e apenas dormiu uma só vez fora de casa. E depois dessa noite, quando me viu no dia seguinte abraçou-me imensamente e os seus olhinhos estavam rasos de lágrimas. Fiz um esforço enorme para não chorar também. Porque não fiz eu isto antes de o deixar dormir fora? Porque além deste meu feitio de super protetora, ele próprio nunca o quis fazer.
Num dia, a mãe está super constipada e cheia de febre, mas mesmo assim tem de ir levar o filho à escola, pois não tem ninguém que o possa fazer por ela.
No dia seguinte, com a devida medicação, lá consegue ir trabalhar. Está no trabalho e recebe uma chamada telefónica do marido. O marido só liga em caso grave, e por isso mesmo, antes de saber o que se passa fica logo em pânico. Tinham ligado da escola a dizer que o rapaz tinha caído dentro de uma poça de água e estava todo molhado, e era urgente ele mudar de roupa. Sai a mãe do trabalho a correr em direcção à escola do filho que ainda fica a alguns quilómetros, já muito preocupada. Dirigisse à escola, levou o filho para casa, deu-lhe um banho quente. Os pés do menino estavam tão encharcados que estavam enrugados!
Esta mãe sou eu, e acabo de perceber como é difícil não ter ninguém a quem recorrer nestas situações, família longe, amigos também sem disponibilidade por estarem a trabalhar.
É complicado!
Quando eu era mais ou menos da idade do meu filho, recordo-me de a minha mãe me obrigar a dar beijos a todas as velhotas ou velhotes, tios dela ou conhecidos dela. Eu detestava, porque por vezes eles (e até elas) tinham barba que me picava, e eu não gostava, mas não me atrevia a desobedecer.
Entretanto há dias o meu filho recusou-se a dar um beijo a um velhote! Eu até o compreendo, pois esse velhote estava acamado e doente. Eu não o obriguei e a minha mãe disse-me uma expressão que foi mais ou menos assim: "pois é a educação que lhe dás, ele tinha de dar um beijo, tinhas de o obrigar!"
Eu nem respondi, porque não vale a pena, a mentalidade (e a idade) dela já não lhe permite entender-me, tal como eu não a consigo perceber a ela!
Felizmente que em algumas coisas, a evolução foi positiva!
Chegam as férias escolares e chega o dilema: onde deixar os filhos! Muitos pais podem contar com o apoio dos avós para tal. No meu caso, só me resta o ALT. Mas ele fica triste, e eu fico mais triste ainda. Acredito que ele esteja bem, mas... o facto de ele não gostar muito de lá ficar, faz com que não me sinta muito bem. No ATL, ficam na mesma sala as crianças do 1º ao 4º ano, ou seja, grandes e pequenos. Acontece também, que ele não tem lá os seus amigos mais próximos. Uma vez fecharam-no na casa de banho e ele nuca mais se esqueceu. Até aposto que ele nem deve ir à casa de banho e deve de aguentar até ao máximo! Hoje vi que ele estava a fazer um esforço enorme para não demonstrar que estava triste.
Espero que estes dias corram bem, e que ele se sinta feliz!
O meu filhote está apenas no 1ano do 1º ciclo, tem 6 anos. Sou uma mãe atenta aos seus estudos, eu estudei até ao 12º ano, e penso que percebo minimamente a matéria para o auxiliar.
Entretanto, nos trabalhos de Matemática, por vezes fico com dúvidas. A imagem acima é um exemplo disso, parece simples, mas no lugar onde deixei um *, fico na dúvida se se deve colocar um 5 (cinco) ou um zero (0), pois não percebo o sentido do esquema: se é somar à volta, na horizontal, ou na vertical.
Além da Matemática, também tive de me habituar a ele ter de escrever segundo o novo acordo ortografico, aliás já fiz um texto sobre o assunto em http://paranoias-de-mae.blogs.sapo.pt/5395.html.
Tenho a sorte de ter um horário que me permite ir sempre deixar e buscar o meu menino à escola. Depois de o deixar, ainda fico um tempo do lado de fora a seguir os passos dele, para me certificar que fica bem.
Entretanto, ele hoje topou a cena, e dizia-me: " podes ir mãe"! Eu fingi que não entendi, e ele reforçou: " vai-te embora, mãe!" Estou tramada, será que o puto sente vergonha de eu estar ali?
Não sou a única, mas... Eu sofro de preocupação excessiva, que hei-de eu fazer!? A vida de mãe não é fácil :)