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Criei este blog para partilhar as preocupações que tenho com o meu filho (a partir dos 6 anos), para receber conselhos, para desabafar, e para ver se sou mesmo a única a ser paranóica, ou se não estou assim tão sozinha! Sou mãe galinha e mãe leoa!
Por incrível que pareça, o tempo passou muito depressa, e até correu tudo muito bem, graças a Deus! Embora eu ache que poderia ter estudado mais!
Ainda falta entregar um ou dois trabalhos, e em janeiro ainda tem, se não estou em erro, uma frequência. Os exames, diz ele, só os fará se os resultados dos trabalhos e das frequências, não forem satisfatórios!
Creio que o primeiro semestre fica concluído em janeiro e em fevereiro começa o segundo!
Agora é aguardar!
Habituados a ver no cinema como é a universidade, a parte das festas, das borgas e ao mesmo tempo o esforço nos estudos, o típico "queimar as pestanas a estudar", e depois entrarmos no filme de verdade.
A parte das festas ele não tem feito questão de ir, e o grupinho dele também não, por enquanto. Acho que terá tempo para desfrutar desses momentos!
Na fase dos estudos, que vamos agora entrar haverá testes , exames, estudos e trabalhos. Acho-o demasiado relaxado com tudo isto. Não sei se isso é bom ou mau. Quando lhe pergunto se está a estudar, se não tem trabalhos para fazer, ele sempre diz, que está tudo controlado! Mas eu ainda não vi a estudar afincadamente, como eu acho que seria suposto e necessário.
Vamos esperar por esta primeira avaliação para compreender se estou errada e se é mesmo assim, porque eu achava que na universidade eles tínhamos de estudar muito!
Ainda há pesca de como é a avaliação!
Há cadeiras que fazem testes, outras que fazem exames.
Os trabalhos contam mais que a presença nas aulas, mas as faltas têm de ser justificadas!
As situações variam de curso para curso de universidade para universidade! Não adianta perguntar a quem já andou na universidade, pois está tudo sempre em constante mudança!
É ainda todo um mundo novo para descobrir!
Preciso que este primeiro período escolar termine. É testes, é trabalhos para apresentar, é trabalhos de grupo, é arranjar tempo para tudo! As três línguas: português, inglês e francês com apresentações orais, não deu tempo para decorar a primeira apresentação, vai ter de usar papel, vai ser penalizado...é trabalhos das disciplinas como educação visual ou TIC. Depois aquele rapaz foi mal habituado, está sempre à minha espera para tudo, eu tenho as tarefas domésticas todas para fazer, é o emprego. Esta semana ainda tenho de ir à oficina. Sinto-me exausta e ele também está cansado.
Há colegas dele que fazem tudo na explicação, mas o meu não anda na explicação, apenas vai a um centro de estudos ter umas aulas de matemática, na véspera de teste, porque é aquela disciplina que eu não percebo nada de nada e não o posso ajudar!
Vá lá férias, venham até nós!
Numa das disciplinas de Educação*, tinham um trabalho de investigação para fazer em grupo. Três rapazes, todos com 11 anos. Disseram-lhes que era para fazer em Power point, mas nunca ninguém, na escola, lhes ensinou a trabalhar com o Power ponit. Os miúdos até aprendem bem as coisas relacionadas com computadores e tecnologias, mas são mais virados para os jogos, julgo eu. Logo aí se depreende, que quem não tivesse alguém que percebesse do assunto e os ajudasse, ficavam desamparados.
Dei umas dicas ao meu filho de como funcionava o Power point. Disse como ele tinha de pesquisar as coisas no Google, disse-lhe para não copiar e colar, mas tirar ideias e colocar palavras dele. Ele captou o essencial. O trabalho consistia em apresentar uma corrente artística do séc XX.
Ajudei, e depois de ver o trabalho, pensei que estava bom.
Contudo não imaginei, porque não foi dito, que era um trabalho muito exigente e tinha exigentes parâmetros de classificação.
Nunca ninguém lhes ensinou a fazer um índice, claro que se eu soubesse que era necessário, ter-lhes-ia ensinado, pois eles nem tinham noção. Se não forem os pais ou na explicação, não é na aula que lhe ensinam, e isso é triste...
Quanto a mim, o trabalho tinha introdução, apesar de não ter lá a palavra. Mas, realmente, não fizeram conclusão.
E a bibliografia/webgrafia, pensam que os miúdos dessas idades e no 6º ano já sabem o que é!? O meu depois de ver o quadro, e sendo puxado a isso por mim, chegou lá. Mas também não imaginei que para um trabalho, supostamente tão simples, e a nível de 6º ano seria necessário incluir, erro meu, talvez.
Valeu a lição pelo que, ao menos ele agora já sabe, e na próxima, pelo menos nestes pontos, já vai estar mais preparado. Aprendeu ás custas dele, da mãe, e não foi a escola que o ensinou...
Será que quando a professora deu o tema para o trabalho, não podia ter logo dado estes parâmetros de avaliação!?
Dizem que a escola serve para ensinar e os pais para educar, não é?
*Educação visual, educação tecnológica, educação física, educação musical
Ele trouxe um trabalho para fazer, preencher um esquema num livro que pressupunha uma pesquisa na internet. Dei-lhe uma ajudinha. Depois ele disse-me que o trabalho era para apresentar numa cartolina. Comprei a cartolina e ajudei-o de novo, até disse para ele por umas imagens para ficar mais bonito.
O problema foi que ele tinha de apresentar o trabalho à turma, ou seja, ir ao quadro e fazer uma apresentação. Como eu não sabia, e ele calhou ser o primeiro, quando a professora disse para ele apresentar o trabalho, ele ficou calado e sem saber o tinha de fazer. A professora ficou aborrecida com ele.
Depois de ele ver os outros a apresentar, percebeu o que era para fazer, e pediu à professora outra oportunidade, mas a professora disse que não podia ser, porque assim teria de fazer o mesmo a todos.
Ele vinha completamente desolado! Dizia que ia ter zero. E eu sinto-me tão culpada, por não me "ter escorrido" que o tinha de ensaiar para o preparar para aquele trabalho, já que era uma coisa que ele nunca tinha feito nem visto fazer antes! Como é que eu não pensei nesta possibilidade!? É que nem me passou pela cabeça, logo eu, que ando sempre de volta dele por causa da escola.
A sério, ninguém imagina o que me doeu ver o desalento dele, e eu podia-o ter ajudado e falhei!
Espero que, apesar do desgosto, ele tome isto como uma lição para o futuro, e que fique mais atento! Que perceba que pela sua vida escolar em diante vai ter muitos trabalhos para apresentar, e que vai estar por conta dele.